Espanha sofre apagão massivo que reacende o debate sobre segurança energética
Um apagão afetou grande parte da Espanha, gerando comparações com crises semelhantes em países com infraestrutura frágil. Autoridades garantem que 96% do fornecimento foi restabelecido.
A Espanha sofreu um dos apagões mais generalizados de sua história recente na segunda-feira. Às 12h33, segundo dados do primeiro-ministro Pedro Sánchez, houve uma perda repentina de 15 gigawatts de geração de eletricidade em apenas cinco segundos. O apagão afetou grandes áreas do país, causando interrupções no transporte, nos serviços básicos e na atividade comercial.
O incidente foi inicialmente atribuído a uma falha na cadeia de várias usinas geradoras. Poucas horas depois, a presidente da Red Eléctrica de España, Beatriz Corredor — ex-ministra do governo de José Luis Rodríguez Zapatero — afirmou que o sistema se estabilizou rapidamente e que, às 22h, 96% da energia havia sido restaurada.
No entanto, as repercussões políticas e sociais não tardaram a chegar. Inúmeros usuários das redes sociais compararam a situação aos apagões crônicos em países como Venezuela, Cuba e Filipinas, alimentando um clima de indignação e preocupação com o estado da infraestrutura energética da Espanha.
Lehendakari Pradales, em entrevista coletiva no País Basco, alertou que "terça-feira não será um dia normal" e pediu aos cidadãos que ajam com "calma, responsabilidade e prudência" enquanto a causa do apagão é investigada minuciosamente.
A oposição exigiu comparecimento urgente ao Congresso para que o Executivo possa detalhar as causas técnicas e as medidas preventivas que serão tomadas para evitar novos incidentes. Enquanto isso, o debate sobre a segurança energética da Europa e sua dependência de certas fontes está mais uma vez no centro do cenário político.
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