Morre Francisco Cuoco, ícone da dramaturgia brasileira, aos 91 anos

O Brasil se despede nesta terça-feira de um de seus maiores nomes da arte dramática: Francisco Cuoco, ator consagrado da televisão, teatro e cinema, faleceu aos 91 anos. A causa da morte não foi oficialmente divulgada, mas ele estava afastado da vida pública há alguns anos devido a complicações de saúde.

Um astro que atravessou gerações

Nascido em 29 de novembro de 1933, no Rio de Janeiro, Cuoco iniciou sua carreira artística na década de 1960 e se tornou um dos rostos mais emblemáticos da teledramaturgia brasileira, especialmente nas novelas da Rede Globo.

Ele eternizou personagens marcantes em tramas como:

• "O Astro" (1977), onde viveu Herculano Quintanilha

• "Selva de Pedra" (1972), como Cristiano Vilhena

• "Pecado Capital" (1975), interpretando Carlão

• "América" (2005) e "Celebridade" (2003), já em fases mais maduras da carreira

Sua elegância, voz marcante e capacidade de interpretar desde galãs até figuras dramáticas complexas conquistaram o público brasileiro por décadas.

Repercussão nacional

Personalidades da cultura, colegas de cena e autoridades lamentaram a morte de Cuoco. A atriz Glória Menezes declarou:

"Francisco era mais que um ator. Era um artista completo, um amigo generoso, e um símbolo de excelência na arte de interpretar."

A Globo emitiu nota oficial destacando:

"Sua trajetória confunde-se com a própria história da televisão brasileira."

Legado eterno

Com mais de 60 anos de carreira e dezenas de obras no currículo, Francisco Cuoco deixa um legado que vai muito além da ficção. Ele foi símbolo de uma era de ouro da dramaturgia nacional e referência de profissionalismo e talento para gerações futuras de artistas.

Seu corpo será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em cerimônia aberta ao público. O enterro será reservado à família.