Distúrbios em Milão após decisão de Meloni sobre Palestina reacendem debate sobre Antifa
Milão registrou protestos violentos atribuídos a grupos ligados à Antifa após a decisão da primeira-ministra Giorgia Meloni de não reconhecer a Palestina como Estado soberano. O episódio reacende discussões na Europa e nos Estados Unidos sobre o papel do movimento antifascista e sua classificação.

A cidade de Milão foi palco de distúrbios massivos neste fim de semana, após o anúncio da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, de que seu governo não reconhecerá a Palestina como Estado soberano.
De acordo com autoridades locais, os protestos foram organizados por grupos identificados com a Antifa, movimento antifascista de esquerda. O que começou como uma manifestação política evoluiu para confrontos com a polícia, depredações em vias públicas e bloqueios em áreas centrais da cidade.
O governo italiano classificou a mobilização como uma tentativa de “desestabilizar a ordem pública”, acusando o movimento de usar o tema palestino como justificativa para gerar violência.
O episódio repercutiu internacionalmente. Nos Estados Unidos, aliados do ex-presidente Donald Trump voltaram a defender a ideia de classificar a Antifa como organização terrorista, argumento que já havia sido levantado durante sua administração e que volta ao debate em meio ao cenário europeu.
Analistas políticos alertam, contudo, que a questão é complexa. Enquanto críticos veem na Antifa uma rede descentralizada responsável por promover o caos em protestos, outros defendem que o movimento atua como resposta ao avanço de ideologias de extrema direita.
Em Milão, a polícia anunciou dezenas de detenções e reforço na segurança para evitar novos episódios de violência. O governo Meloni, por sua vez, reiterou sua posição sobre a Palestina e afirmou que “a estabilidade na região depende de negociações diretas e não de reconhecimentos unilaterais”.
Disturbios masivos en Milán por parte de miembros de ANTIFA.
Ésto se debe a que Georgia Meloni NO reconocerá a Palestina como Estado.
Sólo buscan desestabilizar Occidente.
No me extraña que Donald Trump los vaya a considerar como una organización terrorista. pic.twitter.com/MzZ4S1Vcfo — Capitán General de los Tercios (@capTercio) September 22, 2025
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