Crise Política na Colômbia: Nove Partidos se Retiram da Comissão Eleitoral e Rejeitam Petro como Fiador
Nove partidos políticos de oposição e movimentos independentes na Colômbia rejeitaram o Presidente Gustavo Petro e o Ministro do Interior como fiadores do processo eleitoral. Eles estão solicitando uma nova comissão sob a supervisão da Procuradoria-Geral da República.

K13 News — Um novo episódio de tensão institucional abala a Colômbia. Nesta segunda-feira, nove partidos políticos de oposição e independentes anunciaram publicamente que não reconhecem o presidente Gustavo Petro nem o ministro do Interior, Armando Benedetti, como garantidores legítimos do processo eleitoral de 2025.
Em comunicado conjunto, os partidos afirmaram que se retirarão da Comissão de Monitoramento Eleitoral convocada pelo governo e solicitarão ao Procurador-Geral da República, Gregorio Eljach, a convocação de uma nova comissão de garantias, presidida pela Procuradoria-Geral da República, em busca de um "processo verdadeiramente imparcial".
"O Presidente Petro demonstrou parcialidade política e mau uso eleitoral do aparato estatal. Não podemos continuar a validar um processo que foi contaminado desde o início", afirmou um dos líderes do bloco oposicionista.
Motivos da cisão
Os signatários argumentam que há sérias dúvidas sobre a transparência eleitoral e a conduta do Ministro Benedetti, acusado de suposta interferência política em eleições regionais e de favorecimento de candidatos alinhados ao partido governista.
Além disso, denunciam que as condições mínimas de equidade e pluralismo não estão garantidas no período que antecede as eleições legislativas e presidenciais previstas para 2026.
Reação do Governo
O Ministro do Interior, Armando Benedetti, rejeitou as acusações e chamou a decisão de "eleitoral e desestabilizadora".
"Os partidos que protestam hoje são os que mais tentaram capturar o Estado no passado. Hoje, eles querem deslegitimar as instituições porque sabem que não podem vencer nas urnas", afirmou Benedetti em sua conta oficial no X (antigo Twitter).
O que vem a seguir?
A Procuradoria-Geral da República ainda não se pronunciou oficialmente sobre o pedido, embora fontes próximas ao órgão garantam que cenários legais estão sendo avaliados para mediar a crise sem violar os poderes constitucionais do Poder Executivo.
Analistas acreditam que este ato pode marcar o início de uma campanha eleitoral polarizada, com a legitimidade institucional no centro do debate.
#Atención Nueve partidos políticos independientes y de oposición anunciaron que no reconocen al presidente Petro y al ministro del Interior, Armando Benedetti, como garantes del proceso electoral y no participarán en la Comisión de Seguimiento Electoral convocada por el Gobierno… pic.twitter.com/Gmf4irUu7o — K13 News (@K13News) June 10, 2025
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