Crise Política na Colômbia: Nove Partidos se Retiram da Comissão Eleitoral e Rejeitam Petro como Fiador

Nove partidos políticos de oposição e movimentos independentes na Colômbia rejeitaram o Presidente Gustavo Petro e o Ministro do Interior como fiadores do processo eleitoral. Eles estão solicitando uma nova comissão sob a supervisão da Procuradoria-Geral da República.

Junho 10, 2025 - 03:08
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Crise Política na Colômbia: Nove Partidos se Retiram da Comissão Eleitoral e Rejeitam Petro como Fiador
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K13 News — Um novo episódio de tensão institucional abala a Colômbia. Nesta segunda-feira, nove partidos políticos de oposição e independentes anunciaram publicamente que não reconhecem o presidente Gustavo Petro nem o ministro do Interior, Armando Benedetti, como garantidores legítimos do processo eleitoral de 2025.

Em comunicado conjunto, os partidos afirmaram que se retirarão da Comissão de Monitoramento Eleitoral convocada pelo governo e solicitarão ao Procurador-Geral da República, Gregorio Eljach, a convocação de uma nova comissão de garantias, presidida pela Procuradoria-Geral da República, em busca de um "processo verdadeiramente imparcial".

"O Presidente Petro demonstrou parcialidade política e mau uso eleitoral do aparato estatal. Não podemos continuar a validar um processo que foi contaminado desde o início", afirmou um dos líderes do bloco oposicionista.

Motivos da cisão
Os signatários argumentam que há sérias dúvidas sobre a transparência eleitoral e a conduta do Ministro Benedetti, acusado de suposta interferência política em eleições regionais e de favorecimento de candidatos alinhados ao partido governista.

Além disso, denunciam que as condições mínimas de equidade e pluralismo não estão garantidas no período que antecede as eleições legislativas e presidenciais previstas para 2026.

Reação do Governo
O Ministro do Interior, Armando Benedetti, rejeitou as acusações e chamou a decisão de "eleitoral e desestabilizadora".

"Os partidos que protestam hoje são os que mais tentaram capturar o Estado no passado. Hoje, eles querem deslegitimar as instituições porque sabem que não podem vencer nas urnas", afirmou Benedetti em sua conta oficial no X (antigo Twitter).

O que vem a seguir?
A Procuradoria-Geral da República ainda não se pronunciou oficialmente sobre o pedido, embora fontes próximas ao órgão garantam que cenários legais estão sendo avaliados para mediar a crise sem violar os poderes constitucionais do Poder Executivo.

Analistas acreditam que este ato pode marcar o início de uma campanha eleitoral polarizada, com a legitimidade institucional no centro do debate.

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