EUA e Argentina selam megaacordo que promete redefinir o comércio nas Américas e abrir mercados estratégicos
Os governos dos Estados Unidos e da Argentina anunciaram um amplo acordo de cooperação em comércio e investimentos, segundo comunicado emitido pela Casa Branca. O pacto inclui compromissos argentinos de abertura de mercado, facilitação do comércio digital e alinhamento em áreas como tarifas, propriedade intelectual, direitos trabalhistas e meio ambiente. A administração Trump também confirmou acordos semelhantes com Equador, El Salvador e Guatemala.
Washington, D.C. — Um novo capítulo nas relações econômicas do continente americano foi aberto nesta quinta-feira (13), quando os Estados Unidos anunciaram a assinatura de um amplo acordo de cooperação em comércio e investimentos com a Argentina. A informação foi divulgada por meio de uma declaração conjunta emitida pela Casa Branca, destacando o pacto como um dos mais abrangentes firmados entre os dois países em anos recentes.
O anúncio chega em um momento estratégico de reconfiguração de alianças comerciais na região e foi recebido com entusiasmo por setores empresariais, ao mesmo tempo em que despertou atenção entre analistas políticos.
Um acordo com impacto continental
De acordo com o comunicado, a Argentina se comprometeu a abrir seus mercados para produtos norte-americanos, eliminar barreiras para determinados setores e modernizar procedimentos alfandegários, com o objetivo de estimular o fluxo de bens e investimentos entre as duas economias.
Além disso, o acordo abrange áreas consideradas sensíveis e prioritárias para Washington, incluindo:
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tarifas e regulamentos aduaneiros,
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proteção da propriedade intelectual,
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padrões trabalhistas,
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normas ambientais,
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facilitação do comércio digital, elemento apontado como essencial para modernizar o comércio bilateral.
A Casa Branca afirmou que o documento representa “um novo patamar de alinhamento econômico”, destacando que Buenos Aires demonstrou “compromisso em ampliar a integração econômica com os Estados Unidos”.
Acordos se multiplicam na região
Como parte de uma estratégia mais ampla, o governo Trump também informou ter firmado acordos similares com Equador, El Salvador e Guatemala, dentro de um pacote de iniciativas voltadas ao fortalecimento de alianças econômicas na América Latina.
Para especialistas, o movimento representa uma tentativa dos EUA de ampliar sua presença no continente diante de disputas comerciais globais e do avanço de outras potências em mercados latino-americanos.
“O anúncio simultâneo desses acordos demonstra uma clara intenção de Washington de redesenhar as dinâmicas comerciais do hemisfério”, afirma o analista econômico Miguel Duarte, do Centro de Estudos Interamericanos.
???????? Repercussão na Argentina
Embora o comunicado destaque benefícios mútuos, o acordo gera controvérsia dentro da Argentina. Defensores apontam que a abertura ao mercado norte-americano poderá:
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ampliar exportações,
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atrair investimentos diretos,
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fortalecer cadeias de produção locais.
Críticos, porém, alertam para riscos de dependência comercial e para o impacto sobre setores industriais sensíveis, que podem enfrentar maior concorrência externa.
O governo argentino, por sua vez, celebrou o acordo como “um passo histórico rumo à modernização das relações econômicas e à ampliação de oportunidades para empresas argentinas no mercado global”.
Convergência estratégica
Os termos divulgados reforçam que o pacto não se limita ao comércio tradicional: ele se estende a tecnologia digital, inovação e sustentabilidade, áreas que passaram a ser prioritárias no cenário econômico pós-pandemia.
Segundo o comunicado, a cooperação incluirá mecanismos de diálogo contínuo entre Washington e Buenos Aires para avaliar o cumprimento dos compromissos e ampliar setores de integração.
O que vem a seguir?
A partir da assinatura, começam as etapas de implementação, revisão legislativa e ajustes regulatórios — processos que podem levar meses ou até anos, dependendo do avanço político em cada país.
Mas, para analistas, a mensagem é clara:
EUA e Argentina buscam reposicionar suas relações econômicas em um cenário global altamente competitivo, e esse acordo pode se tornar uma das peças centrais dessa nova arquitetura.
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