CBS revela que militares dos EUA teriam apresentado a Trump cenários de ataque à Venezuela em reunião restrita na Casa Branca

Segundo reportagens da CBS News, altos comandantes das Forças Armadas dos Estados Unidos teriam apresentado ao ex-presidente Donald Trump uma série de opções militares envolvendo possíveis ações contra a Venezuela. A reunião, realizada na Casa Branca, incluiu o secretário da Guerra, Pete Hegseth, o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine, e outros altos funcionários. Nenhuma decisão foi tomada, mas a informação acendeu um alerta internacional.

Novembro 14, 2025 - 13:55
Novembro 14, 2025 - 13:59
CBS revela que militares dos EUA teriam apresentado a Trump cenários de ataque à Venezuela em reunião restrita na Casa Branca
by cnn

Washington, D.C. — O noticiário político norte-americano foi sacudido nesta quinta-feira após a CBS News divulgar que militares dos Estados Unidos teriam apresentado ao ex-presidente Donald Trump diferentes cenários de ataque contra a Venezuela em uma reunião de alto nível realizada na Casa Branca.

O encontro, segundo a emissora, ocorreu em uma sala reservada e reuniu algumas das figuras mais poderosas da estrutura militar e estratégica norte-americana: o secretário da Guerra, Pete Hegseth, o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine, além de outros assessores de segurança e inteligência.

 O encontro que acendeu alarmes

De acordo com a CBS, a reunião aconteceu na quarta-feira (12) e foi marcada por um clima de gravidade incomum. Fontes próximas ao Departamento de Defesa — citadas pela emissora — afirmam que foram apresentadas múltiplas possibilidades operacionais, variando de ações limitadas de precisão até operações de maior escala.

Embora a emissora não tenha detalhado os planos, analistas em Washington sugerem que poderiam envolver:

  • ataques cirúrgicos a instalações militares estratégicas,

  • operações navais de bloqueio,

  • ações direcionadas contra alvos considerados de “interesse de segurança nacional”.

Nenhuma decisão teria sido tomada, mas o simples fato de tais discussões terem sido apresentadas ao presidente desencadeou forte reação entre especialistas em política externa.

 “Um movimento que pode redesenhar a geopolítica regional”

Para observadores internacionais, o vazamento representa uma das sinalizações mais sérias de que, à época, setores do governo norte-americano consideravam um engajamento militar direto na crise venezuelana.

“Só o fato de os cenários terem sido levados à mesa presidencial já demonstra o nível de tensão e o grau de pressão que existia sobre a Venezuela naquele momento”, afirma a pesquisadora de política externa Evelyn Horst, da Universidade de Georgetown.

Segundo ela, o debate não apenas teria consequências devastadoras para a estabilidade da América do Sul, como poderia arrastar os Estados Unidos para um conflito regional sem precedentes no século XXI.

O mistério sobre o conteúdo da reunião

A Casa Branca não comentou especificamente a reportagem, limitando-se a afirmar que “todas as opções estavam sempre sobre a mesa” quando se tratava da política externa do governo. A Venezuela, por sua vez, reagiu de forma cautelosa, classificando a informação como “grave” e “profundamente preocupante”, mas afirmando que o país estava preparado para se defender.

Fontes do Pentágono afirmaram à CBS que o encontro foi apenas “exploratório”, mas outras vozes dentro da própria estrutura militar argumentaram que a apresentação de cenários de ataque não ocorre “sem motivo estratégico real”.

 Reação internacional

Governos latino-americanos expressaram inquietação. Diplomatas de países vizinhos temem que a simples menção de uma intervenção militar americana possa reacender tensões regionais, especialmente em uma América do Sul politicamente fragmentada.

Na ONU, analistas comentam que qualquer operação militar dos EUA contra a Venezuela teria repercussões globais, podendo influenciar relações com Rússia, China e blocos multilaterais.

 Uma história ainda em desenvolvimento

A revelação da CBS News reacende um debate que, por anos, circundou o governo Trump: até que ponto a Casa Branca realmente considerou ações militares na América do Sul? E qual era o papel dos setores militares que supostamente impulsionavam tais discussões?

Embora nenhuma decisão tenha sido tomada, a divulgação coloca novamente sob os holofotes a relação entre política externa, pressão militar e instabilidade geopolítica — uma combinação que pode redefinir o equilíbrio diplomático em todo o continente.

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