Mais de 200 alpinistas seguem presos no Everest em meio a nevasca histórica; resgate mobiliza civis e militares
Uma megaoperação de resgate segue em curso no Monte Everest, onde mais de 200 alpinistas continuam presos na região leste de Kangshung. Nevascas intensas bloquearam os acessos à montanha, situada a mais de 4 mil metros de altitude. Até agora, 350 escaladores já foram resgatados e levados à cidade de Qudang, segundo a TV estatal chinesa.

Mais de 200 alpinistas seguem presos no Everest em meio a nevasca histórica; resgate mobiliza civis e militares
Monte Everest, 6 de outubro de 2025 – Uma nevasca severa e repentina no leste do Monte Everest desencadeou uma das maiores operações de resgate em montanhas já registradas nos últimos anos. Mais de 200 alpinistas permanecem presos na região de Kangshung, uma das rotas mais desafiadoras do Himalaia, situada a mais de 4 mil metros de altitude.
Segundo informações da TV estatal chinesa (CCTV), cerca de 350 alpinistas já foram resgatados com vida e transportados para a cidade de Qudang, onde recebem atendimento médico e abrigo. A situação, no entanto, continua crítica para os que ainda estão presos na montanha.
Nevasca intensa bloqueia acesso à face leste do Everest
A face leste de Kangshung, menos conhecida que as rotas tradicionais do Everest, é famosa por sua dificuldade extrema e acesso limitado. A nevasca, que começou no fim de semana, bloqueou trilhas e encostas, isolando centenas de escaladores.
Equipes de resgate formadas por militares, guias de montanha e até moradores locais estão enfrentando ventos fortes, baixa visibilidade e temperaturas abaixo de -20°C. Helicópteros enfrentam dificuldade para pousar devido à densidade da neve e aos ventos cortantes.
"Estamos fazendo todo o possível para alcançar os grupos ainda isolados. É uma corrida contra o tempo", disse um oficial da equipe de resgate à CCTV.
Qudang vira base emergencial para resgatados
A cidade de Qudang, localizada nas proximidades da região afetada, foi transformada em uma base temporária para acolher os alpinistas resgatados. Abrigos de emergência, postos médicos e centros de comunicação foram montados às pressas para lidar com a chegada dos sobreviventes.
Muitos escaladores apresentam sinais de exaustão, hipotermia e desidratação, após passarem dias presos nas montanhas sem suprimentos adequados.
Comunidade local se mobiliza
Moradores de vilarejos próximos estão ajudando voluntariamente nos esforços de busca e resgate, carregando equipamentos, preparando alimentos e guiando as equipes por trilhas menos conhecidas.
“São nossos irmãos humanos lá em cima. Nós conhecemos essas montanhas como a palma da mão”, disse um dos moradores à imprensa local.
Alerta sobre riscos crescentes no alpinismo extremo
Especialistas em alpinismo alertam que as mudanças climáticas estão tornando as escaladas no Himalaia ainda mais imprevisíveis, com aumento de avalanches, rachaduras em geleiras e nevascas inesperadas.
“O Everest está se tornando mais mortal, não apenas pelo desafio físico, mas pelas condições instáveis causadas por fatores climáticos extremos”, afirmou Wang Lei, guia profissional e sobrevivente de outras expedições.
Próximas 48h são cruciais
As autoridades afirmam que as próximas 48 horas serão determinantes para o sucesso da missão. Equipes internacionais de resgate já se ofereceram para ajudar, e a China coordena o esforço com apoio logístico de países vizinhos.
A expectativa é de que, caso as condições climáticas melhorem, os helicópteros possam retomar os voos de salvamento em massa ainda nesta terça-feira (7).
Conclusão
O Everest, símbolo de conquista e superação para alpinistas do mundo todo, revela agora seu lado mais sombrio: o de força implacável da natureza. Com mais de 200 pessoas ainda presas e um cenário imprevisível no topo do mundo, o drama humano se desenrola sob os olhos atentos de uma comunidade global mobilizada — e apreensiva.
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