Israel e Hamas retomam negociações de paz no Cairo após pressão de Trump: “Ou aceitam, ou serão obliterados”
Sob intensa pressão do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, Israel e Hamas retomam negociações de paz no Cairo nesta segunda-feira (6). Trump declarou que o Hamas será “completamente obliterado” caso não aceite entregar o poder em Gaza após o conflito. A proposta americana, segundo fontes diplomáticas, já foi aceita por líderes do grupo extremista, abrindo espaço para o início do processo de reconstrução da região.

Israel e Hamas retomam negociações de paz no Cairo após pressão de Trump: “Ou aceitam, ou serão obliterados”
Cairo, 6 de outubro de 2025 – Após meses de escalada militar e devastação na Faixa de Gaza, Israel e o grupo Hamas voltam à mesa de negociações nesta segunda-feira, no Cairo, com uma proposta inédita de cessar-fogo e reconstrução regional — e com pressão direta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A reunião ocorre sob tensão, mas também com um inédito senso de urgência. A proposta americana, construída nos bastidores por diplomatas próximos a Trump, foi aceita por autoridades do Hamas, segundo fontes egípcias. O governo israelense ainda não comentou oficialmente, mas sinalizou “abertura para diálogo com garantias de segurança”.
Trump intervém com força: “É hora de acabar com isso”
Em coletiva de imprensa no fim de semana, Trump, que busca novo mandato na Casa Branca em 2026, declarou que a proposta colocada sobre a mesa é “a melhor oportunidade em anos” para encerrar o conflito.
“É um ótimo acordo para Israel e é um ótimo acordo para todos — para o mundo árabe, o mundo muçulmano e o mundo em geral”, disse Trump aos repórteres, em Washington.
Em tom firme, o ex-presidente fez um ultimato ao Hamas:
“Se não aceitarem entregar o controle de Gaza e permitir uma transição, serão completamente obliterados. Não haverá piedade, não haverá segunda chance. O mundo está assistindo.”
Acordo inclui transição política e reconstrução internacional
Segundo fontes diplomáticas próximas ao processo, a proposta prevê:
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Cessar-fogo imediato e verificável, supervisionado por observadores internacionais;
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Entrega gradual do controle da Faixa de Gaza a uma autoridade civil interina, com apoio de países árabes moderados;
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Retirada parcial de tropas israelenses mediante garantias de segurança;
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Pacote internacional de reconstrução, com financiamento dos EUA, União Europeia e países do Golfo;
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Desarmamento progressivo de facções armadas, supervisionado por forças da ONU;
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Convocação de eleições locais em Gaza em até 18 meses.
Reação internacional: otimismo cauteloso
A proposta foi recebida com otimismo cauteloso por líderes internacionais, incluindo representantes da ONU, da Liga Árabe e da União Europeia. Analistas veem a entrada de Trump como um “fator de ruptura” após anos de estagnação diplomática.
“A retórica de Trump é agressiva, mas seu peso político e suas conexões com Israel e líderes árabes podem, de fato, acelerar um acordo histórico”, afirmou Lina Khoury, especialista em relações internacionais do Instituto de Estudos do Oriente Médio (IEOM).
Hamas sinaliza aceitação — mas com ressalvas
Líderes do Hamas, segundo a TV Al Jazeera, aceitaram os termos gerais da proposta, mas exigem garantias de que não serão perseguidos judicialmente ou “entregues” a Israel após a transição.
“Estamos dispostos a parar a guerra. Mas queremos segurança para nosso povo e nossos representantes. Se isso for garantido, a paz é possível”, afirmou um alto dirigente do grupo, sob condição de anonimato.
Israel mantém cautela, mas abre diálogo
Do lado israelense, o clima é de reserva e avaliação estratégica. O primeiro-ministro israelense não comentou diretamente a proposta, mas fontes do governo afirmam que “qualquer negociação será baseada na eliminação de ameaças à segurança de Israel”.
Apesar da retórica dura, há sinais de que a opinião pública israelense e a pressão internacional estão forçando uma reavaliação da estratégia militar contínua.
Conclusão: Um ponto de virada?
O encontro no Cairo pode representar um dos momentos mais decisivos do conflito em Gaza nos últimos anos. Após milhares de mortes, deslocamentos forçados e destruição em massa, a possibilidade de um plano coordenado de paz e reconstrução ganha força — e um nome de peso por trás: Donald Trump.
Se bem-sucedida, a proposta poderá redefinir o futuro da região e consolidar o ex-presidente como um negociador de impacto global. Se fracassar, o Oriente Médio pode mergulhar novamente em um ciclo violento sem fim
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