Ciência brasileira dá salto histórico e desenvolve substância que regenera medula espinhal

Pesquisadora da UFRJ desenvolve substância inovadora que estimula a regeneração da medula espinhal. A chamada polilaminina já apresenta resultados surpreendentes em pacientes com lesões graves, reacendendo a esperança de milhões. A descoberta pode representar uma revolução na medicina neurológica mundial.

Outubro 6, 2025 - 20:42
Outubro 7, 2025 - 23:34
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Ciência brasileira dá salto histórico e desenvolve substância que regenera medula espinhal

Ciência brasileira dá salto histórico e desenvolve substância que regenera medula espinhal

Rio de Janeiro, 6 de outubro de 2025 — A ciência brasileira acaba de atingir um marco sem precedentes na medicina mundial. A pesquisadora Tatiana Sampaio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desenvolveu a polilaminina, uma substância experimental que está apresentando resultados promissores na regeneração da medula espinhal — algo que há décadas parecia impossível.

Em entrevista exclusiva ao programa Terra Agora, a cientista detalhou o funcionamento da molécula que pode reverter quadros de paralisia em pacientes com lesões graves.

“A polilaminina atua como um catalisador celular. Ela cria um ambiente bioativo que estimula as células nervosas a se reconectarem. Em linguagem simples: estamos ensinando o corpo a se regenerar onde, até então, ele não conseguia”, explicou Tatiana.


Primeiros resultados já surpreendem a medicina

Os testes clínicos iniciais, conduzidos com acompanhamento hospitalar e monitoramento rigoroso, mostraram avanços significativos em pacientes que haviam perdido completamente os movimentos dos membros inferiores. Alguns conseguiram recuperar parcialmente a sensibilidade e iniciar movimentos voluntários mínimos — um sinal extremamente positivo para um tratamento ainda experimental.

“Um dos pacientes lesionados há mais de três anos conseguiu, pela primeira vez, mover os dedos dos pés após o início do tratamento. Para a ciência, isso é um milagre biológico. Para o paciente, é o renascimento de uma esperança”, relatou Tatiana.


O que é a polilaminina?

A substância é um composto sintético bioativo que mimetiza a ação de proteínas presentes durante o desenvolvimento embrionário. Em condições ideais, ela estimula o crescimento de novos axônios — as fibras nervosas responsáveis por conduzir os impulsos elétricos do cérebro ao corpo.

Ainda em fase experimental, a polilaminina foi testada com sucesso em modelos animais e agora entra na segunda fase de ensaios clínicos com humanos, com aval de comitês de ética e da Anvisa.


Inovação 100% nacional

Desenvolvido nos laboratórios da UFRJ, com apoio da FINEP e do CNPq, o projeto é um exemplo poderoso de inovação científica liderada por mulheres e financiada por instituições públicas brasileiras — um feito notável diante das recorrentes dificuldades de investimento em pesquisa no país.

“Mostramos que o Brasil tem potencial de liderar a ciência de ponta. Com investimento e continuidade, podemos transformar vidas e exportar conhecimento de qualidade para o mundo”, afirma Tatiana.


Impacto global à vista

Se os testes seguirem com resultados positivos, a polilaminina poderá representar uma revolução no tratamento de lesões na medula espinhal, beneficiando milhões de pessoas ao redor do mundo afetadas por traumas, acidentes ou doenças degenerativas.

Médicos e centros de pesquisa internacionais já demonstram interesse em parcerias para ampliação dos testes clínicos e estudos comparativos. A expectativa é que o tratamento possa ser disponibilizado comercialmente dentro de cinco a sete anos.


Conclusão: esperança renovada

A descoberta da polilaminina é mais do que um avanço médico — é um símbolo de esperança, persistência e inovação da ciência brasileira. Em um país onde tantas vezes a pesquisa científica é desacreditada ou subfinanciada, esse marco serve como um lembrete poderoso: quando a ciência encontra apoio, ela transforma o impossível em realidade.

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