Trump e Lula retomam diálogo e sinalizam fim de impasses comerciais: “Nossos países farão grandes progressos juntos”

Brasília/Washington, 6 de outubro de 2025 — Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, realizaram uma videoconferência estratégica nesta segunda-feira, marcando a retomada de uma relação bilateral que enfrentava tensões desde o início do segundo mandato de Lula. A conversa, classificada como “produtiva e cordial” por ambas as partes, teve como foco central a redução de tarifas comerciais, revisão de sanções e ampliação da cooperação econômica entre os dois países.

Em sua conta oficial na rede social Truth Social, Trump celebrou o encontro com Lula, afirmando:

“Foi uma excelente conversa. Nossos países farão grandes progressos juntos. Brasil e EUA têm muito a ganhar com o comércio justo e com relações baseadas no respeito mútuo.”

Fim das tarifas e sanções é prioridade para o Brasil

Durante a conversa, o governo brasileiro reiterou sua posição contra as sanções comerciais e tarifárias impostas nos últimos anos, especialmente sobre produtos agrícolas e siderúrgicos. Lula pediu a revisão imediata das restrições, apontando o impacto negativo que elas têm causado nas exportações brasileiras.

“Queremos relações baseadas na confiança, não na punição. O Brasil está aberto ao diálogo e quer ser tratado como parceiro estratégico”, afirmou Lula, segundo fontes do Palácio do Planalto.

Fontes do Itamaraty disseram que Trump mostrou disposição em revisar as medidas impostas durante o mandato anterior e prometeu uma “análise técnica rápida” sobre o tema.

Sinal verde para futuras negociações

Além de discutir tarifas, os dois líderes abordaram novas frentes de cooperação econômica, como:

• Investimentos em energia limpa e infraestrutura;

• Parcerias em tecnologia e inovação agrícola;

• Expansão de acordos bilaterais nas áreas de defesa e segurança cibernética;

• Criação de um fórum econômico permanente entre os dois países.

A videoconferência também abriu espaço para um possível encontro presencial ainda este ano, com expectativa de que Lula e Trump se encontrem em Washington durante a cúpula de países das Américas, ou em Brasília, em visita oficial dos EUA ao Brasil.

Clima político e pragmatismo

A conversa entre Trump e Lula marca um movimento pragmático de ambos os lados, deixando de lado diferenças ideológicas em nome de uma aproximação comercial e estratégica. Analistas internacionais apontam que o gesto indica um realinhamento das prioridades dos EUA em relação à América Latina.

“Trump está buscando reforçar laços com aliados econômicos para enfrentar a influência crescente da China na região. O Brasil, por sua vez, quer diversificar suas alianças e reequilibrar o comércio exterior. É uma convergência de interesses”, avalia a cientista política americana Lisa Reynolds, da Georgetown University.

Reações e expectativas

O setor industrial brasileiro recebeu a notícia com cauteloso otimismo. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicou nota afirmando que “o diálogo com os EUA é crucial para o crescimento sustentável do Brasil”. Já representantes do agronegócio destacaram a importância de retomar o acesso pleno ao mercado americano, especialmente para carne bovina, soja e etanol.

Na arena política, a oposição brasileira criticou o governo por “ceder demais” ao ex-presidente republicano, enquanto aliados de Lula destacaram a habilidade do presidente em manter pontes com diferentes líderes globais, independentemente do espectro político.

Conclusão: Um novo capítulo nas relações Brasil-EUA

O diálogo entre Trump e Lula marca o início de um novo capítulo nas relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos. A abertura para negociações diretas, aliada à disposição em resolver impasses tarifários, pode significar um avanço importante para as economias de ambos os países.

Resta agora transformar a retórica em acordos concretos — e isso deve começar nos próximos meses, com grupos técnicos já sendo montados para acelerar a agenda bilateral.